terça-feira, 3 de março de 2015

Rampa - Falésia do Noel

Esse local de voo fica em São Luiz do Purunã. É uma alternativa para vento E na região de Curitiba.

O acesso:
Indo pela Br 277 de Curitiba sentido Ponta Grossa, após passar o pedágio e a Policia Rodoviária entre a direita na entrada para Palmeira (subindo para o viaduto). Logo sairá em uma estrada de terra também a direita.

A partir daí serão 6 km até a porteira que dá acesso à rampa. Siga as placas que indicam Pousada Cainã.

Após aproximadamente 6km, há uma porteira que fica a direita, repare que há uma placa com orientação para retirar as chaves no Rancho Ventania. A placa fica a esquerda da porteira, meio escondida, mas dá pra ver do carro se prestar atenção.

Quando fomos pela última vez a porteira estava aberta já com pilotos na rampa. Mas na volta nos deparamos com o cadeado fechado e perdemos um tempo precioso até conseguirmos sair.

Depois dessa porteira basta mais 1,5 Km e já está na rampa. 

Ao lado da rampa há um capão de mato  com boa sombra e arvores grandes muito boas para pendurar umas redes.


Atenção: Cuide para não deixar nenhum lixo no local. Essa é única solicitação do proprietário que gentilmente nos cede esse espaço para a prática do nosso e de outros esportes.


É uma rampa bacana, de belo visual e boa para lift.
A decolagem é tranquila, mas algumas árvores na frente cresceram e estão rotorizando um pouco. Nada muito preocupante, mas atenção aos detalhes nunca é demais. Fique atento à direção do vento.



Ao decolar, verá que há um morrote à esquerda. Passar baixo por ali também pode não ser uma boa ideia devido à possibilidade de rotor.



A falésia não é muito uniforme o que faz que  o pito precise estar sempre atento à direção do vento enquanto estiver baixo, mas com uma intensidade razoável já se ganha a rampa e inclusive se garante o pouso na rampa.



O pouso é uma questão importante porque a estrada que dá acesso ao pouso oficial parece estar intransitável e ainda tem uma porteira com cadeado.

Há duas alternativas. A primeira é subir caminhando até a rampa. Veja o caminho em amarelo no mapa.

Isso pode levar de 40 minutos até uma hora e meia, dependendo das condições físicas do piloto.


A segunda é resgate via estrada passando por São Luiz do Purunã.
São cerca de 16 km. Veja o caminho em roxo no mapa. Nada de mais para quem está acostumando com as roubadas do voo livre, mas um mapinha na mão ou GPS vai ajudar a economizar tempo e combustível.

De qualquer modo, decole sempre com um pouco de água, comida e disposição. A gente nunca sabe...

Sem sombra de dúvidas, há uma alternativa melhor que é pousar na rampa. Mesmo pilotos novos, como eu, podem fazê-lo sem maiores problemas.

Tudo para trás da rama é pasto sem muita vegetação alta e razoavelmente plano. As primeiras cercas e fios de luz ficam a pelo menos 800mts para trás. O único cuidado é afastar-se o suficiente para sair do rotor da falésia.


Concluindo. Na região de Curitiba as rampas são predominantemente para o quadrante norte. Há poucas alternativas para outros quadrantes.

Essa rampa é uma ótima opção para vento E. Além de a região ser linda e ter potencial para uso de outras rampas, temos pousadas restaurantes de excelente qualidade. 

Como é a única que conheço, vou sugerir o almoço de domingo da Pousada Cainã. Todo domingo eles um servem um típico almoço tropeiro sobre fogões a lenha com direito a costela ao fogo de chão.

Mas estou certo de que um pesquisada pela região vai mostrar muitas boas opções gastronômicas.

É isso!

Atualização: na última vez em que estivemos lá, fomos informados no Rancho Ventania de que este acesso estaria restrito. Para chegar à rampa foi necessário passar por outra porteira (mais a frente, sem cadeado). Chegando próximo à rampa é preciso pular a cerca e caminhar uns 100 mts.


segunda-feira, 2 de março de 2015

Sobre o Medo

Todos sentimos medo. Em algum momento da da vida que seja, cada um de nós já experimentou essa sensação desconfortável que gruda nossos pés no chão ou nos faz correr com forças que nem sabíamos que tínhamos.

Fato é que o medo pode ser útil ou não, dependendo da forma como o encaramos. Ao final das contas, veremos que não é o medo que trás consequências boas ou ruins para nós, mas sim a maneira como lidamos com ele. O medo não é o contrário de coragem, muito menos é a coragem o atributo daquele que não teme.

Medo e coragem coexistem de modo que um sem o outro se torna coisa sem sentido.
O medo talvez tenha sido criado para que nunca descubramos que podemos voar. Ou para que sejamos sempre obedientes e disciplinados. Ou ainda para que passemos por essa existência sem viver. ão quero dizer que ele não tenha sua utilidade, mas que devemos encarar nossos medos como encaramos um vidro de vinagre. Sabemos que que ele precisa ser dosado cuidadosamente de modo que não estrague nosso paladar.

Ausência de medo talvez nos faça correr riscos desnecessários e isso poderá ser ruim.
Excesso de medo talvez nos faça não correr risco algum e isso será com certeza ruim.
Talvez um dos piores medos seja o medo da incerteza.
Buscamos a certeza das coisas e a segurança do mundo a todo momento.
Passamos a vida toda tentando prever o futuro ou explicar porque o presente não é igual ao que tínhamos previsto quando ainda era passado.
De fato, a única certeza que temos nessa vida é que morreremos, mas dessa certeza todos fugimos!